Iniciando


"A alma é literatura. Está cheia de estórias que nunca aconteceram".
(Rubem Alves)

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu queria fazer poesia

Sabe?
Queria falar coisa bonita
 fazer as pessoas se emocionarem
e tudo isso de ter criatividade ou imaginação ou inspiração. ( ou seria, 'e' ?)
Eu não sei
fazer poesia. Ou sei?
É você quem me diz

É melhor ser uma eterna aprendiz
e, pelo menos, ser feliz.
Acabou
e, no fim, acho que sei ter inspiração

A vida
ela é que me inspira
E, no fim (ainda), acredito que
todo escrito, por pequenino que seja,
feito com o coração
Daqueles em que você doa a alma e
é tomado por emoção

É poesia
e toca
e (me) emociona
a vida.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Localidades

Se só existe um sol
Por que é que o pôr-do-sol que eu vejo é diferente do que você vê?

Voltando pra casa, fitando um horizonte que, no momento, não é o seu, vi hoje o meu pôr-do-sol.
Estava lindo.
Só não foi o mais lindo de todos porque era só meu, e não nosso.
O seu pôr-do-sol era outro, e você só o veria mais tarde.
Dormindo Acordada, Nostalgia, Imaginei Estar Lhe vendo

É que fico me perguntando:
Como é o sol que você vê?

sábado, 3 de setembro de 2011

Conversa

Fazia tempo que eu não passava por aqui. Nada melhor para marcar minha volta com um poema que escrevi, (cheia de saudades), junto com  meu amor e também melhor amigo, Daniel Nascimento.


porque todo suspiro carrega em si o desejo de ser palavra.

Na verdade, diria o plural: palavras.
Suspiro é uma abreviação para muita coisa:
                 saudade, desejo, felicidade, amor...

e é daí, da falta de língua pra dizer tanta coisa
que o peito grita, no único tom que consegue,

ai, ai

porque todo suspiro carrega em si o desejo de ser palavras.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Haikai do falso amor

A flor nasce, linda.
Ele passa, vê e se encanta.
Se apaixona.
Arranca-a.
E, de tanto a sufocar, não regar ...
Ela morre.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Espera do (não) esperado.

Não há o que ser esperado. Não há nada marcado ou combinado. Mas, mesmo assim, se espera. Sentimento sem nome, agonia estranha. Espera-se, apenas. Impacientemente. Olha e (re) olha fixamente, atualiza compulsivamente. Espera. Cadê? O quê? Espera! Escuta. Acontece. Sorri. Adormece.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Inutilidades cotidianas

Mais um fim de tarde.

- Oi !
- Oi.
- Tudo bem?
- Tudo sim, e você?
- Bem também.
- Ah, então tá bom.


(Vizinho1: Qual o nome dele mesmo?)
(Vizinho 2: Gostosinha mesmo essa aí, ein!)

é.

(y)

sábado, 19 de março de 2011

De ponta cabeça

sou  nós
 ´
somos
vamos
bobos
choramos
acabamos
começamos
abraçamos
beijamos
sonhamos
pensamos
sou
vou
vai
é
sou
nós
somos

quem sou (somos) ?
           ´

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pra quê título ?

Não dá pra se nomear tudo. E [nem] tudo é preciso ...

Pensou que passara tanto tempo se preocupando com besteiras que simplesmente havia se esquecido de viver.
Sentiu saudade do tempo em que sonhava ser aquela que nunca foi.
Então, parou por dentro e foi apenas seguindo, indo, continuando. Bateu a cabeça algumas vezes, fingiu que aprendeu mas, como tudo aquilo que é fingido, não funcionou e ela caiu. Contudo, apesar de confusa, percebeu que lhe bastava apenas levantar. Um belo dia, a menina encontrou uma luz que fez com que tudo isso parecesse mais fácil. Viu que acreditavam nela apesar de toda sua confusão e hematomas. A luz a envolvia e encantava tanto ... Era uma coisa tão linda e grandiosa que, apesar da dúvida, ela teve certeza desde o começo. E daí foi tratar de ser feliz.
Os nós, as quedas e as dúvidas apareciam eventualmente, claro. Porque, apesar de tudo, o medo faz parte. Mas não era nada que impedisse a mulher de continuar. Ela tinha tratado de ser feliz. Ela tinha certeza de que a luz continuaria sempre ali. Certeza? Pelo menos enquanto ela acreditasse. E ela acreditava.
Porque sabia que, apesar de muito grande e linda, fazendo com que iluminasse outras pessoas também, a luz sempre estaria lá.

terça-feira, 8 de março de 2011

Vontades

Gotas d' água no meu sapato
e algumas dentro do meu carro.
A chuva também quer sair pra passear .

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Idiota

Ouvi sua voz depois de todo esse tempo. Você me faz muita falta, amigo.
Seus olhos, sorriso, nervosismo disfarçado, a música. Não achei seu vídeo por acaso.
Fui atrás porque precisava, sinto saudades. Só assim pra poder te ver e ouvir (?!).
Idiota (!). Um dos seus adjetivos prediletos para se dirigir às pessoas, inclusive a mim.
Nunca ouvi um idiota tão doce, amoroso e
amigo,
sinto sua falta.
(e como sinto).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Férias

Esse sentimento de quando a gente viaja nas férias é engraçado. Viajar é tão bom e chegamos até a mudar nossa rotina e jeito de agir no dia a dia. Geralmente tudo é beem melhor, sempre. Daí chega uma hora que você cansa e fala: 'quero minha casa, quero minha cama'. Então volta pra casa e tudo do seu mundo imperfeito volta junto. As mesmas dores de antes da viagem, as mesmas reclamações, os mesmos pensamentos, o mesmo tédio. A única coisa que não continua igual é a saudade, porque essa só se faz aumentar junto com o agora espaço fazio da mente lotada. Não quero parecer irritada, carrancuda ou negativa. Sei que esperei por isso durante quase os últimos dois meses inteiros, mas as férias estão tediosas, me desculpem.
Acho que, na verdade, o problema maior é que eu continuo aqui, como sempre, com a sensação idiota de que sinto mais falta do que faço;
de que amo mais do que sou amada;
de que penso mais do que sou pensada;
sonho mais do que sou sonhada;
relembro mais do que sou relembrada ...
e todas essas coisas inúteis que só fazem a gente se sentir péssimo.
Sei que parece besteira, mas sei também que são coisas que (não) posso evitar.
Vai passar. São pensamentos que sempre veem e vão. Só está durando mais porque estou de férias, mas não é importante. Não vale a pena ficar alimentando besteiras. Né?